Tomadas e interruptores: tire todas as suas dúvidas aqui

Embora essenciais no dia a dia, tomadas e interruptores quase sempre passam de forma despercebida, já que são acionadas de forma automática pelos moradores.

Por isso, só costumam despertar interesse quando quebram ou fazem falta em algum cantinho de casa – o que é bem comum quando falamos de imóveis antigos, já que o número e tipos de aparelhos eletrônicos dispararam nos últimos anos, aumentando a necessidade de mais tomadas em todos os cômodos.

Em linhas gerais, as tomadas fazem parte do projeto de elétrica, enquanto os interruptores integram o projeto de iluminação.

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“Mas quando há tomadas comandadas, como aquelas onde conectamos um abajur, por exemplo, precisamos envolver elétrica e iluminação, já que o acionamento acontece por meio de um interruptor. O cruzamento de informações entre os dois projetos é essencial, já que um complementa o outro”, explica a arquiteta Isabella Nalon.

Imagens: Dan Brunini

POSICIONAMENTO

A preocupação quanto ao posicionamento das tomadas e interruptores é uma das principais dúvidas que permeiam a mente de quem está construindo ou reformando o seu imóvel. A arquiteta revela que a localização começa a ser pensada após os projetos de layout e de marcenaria dos ambientes, pois são influenciados pela disposição do mobiliário e dos elementos que condicionam a colocação dos pontos.

No caso da reforma de um imóvel antigo – geralmente com uma quantidade defasada em função da demanda atual –, é preciso fazer o levantamento dos pontos existentes para avaliar quantos devem ser adicionados, deslocados ou modificados após o estudo detalhado da arquitetura de interiores.

ausência dessa análise detalhada resulta em erros muito comuns que são detectados depois da finalização do projeto. Um dos mais frequentes é a concentração de várias luminárias em um mesmo interruptor, não permitindo acionamentos parciais ou a divisão.

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Também é bastante corriqueira a instalação de caixas de tomadas na alvenaria sem a verificação do prumo ou a não observância do posicionamento exato dos eletrodomésticos e eletroeletrônicos, gerando desencontros.

“Desacertos assim podem prejudicar o desempenho da rotina na casa, sem contar as peças que serão ligadas nas tomadas. Nosso trabalho é evitar que, depois de tudo pronto, o morador precise usar extensões ou os famosos adaptadores para receber o plug ou mesmo acoplar mais de uma conexão no mesmo ponto”, destaca Isabella.

Ao definir a localização das tomadas e seus usos, é preciso prever a presença de tomadas 110 volts ou 220 volts.

1) Interruptores e acabamentos

De forma geral, os interruptores são posicionados a 1,20m do piso em usos gerais, logo nas entradas dos ambientes. Porém, em situações específicas como o acionamento junto a mesinhas de cabeceira e nichos em marcenarias, esta altura pode variar.

Após definir a posição e executar a infraestrutura elétrica para passagem da fiação, é hora de ir em busca do acabamento para os interruptores e tomadas, que devem seguir uma mesma identidade.

Para essa definição, o estilo do cliente e o projeto definem qual linha utilizar, seja mais neutra ou colorida.  “Em uma cozinha preta, o projeto obriga a instalar elementos da mesma cor. Já em projetos com predominância de tons claros, o branco se revela como a escolha mais pertinente”revela Isabella.

2) Um tour pelas tomadas em casa

Para não sentir falta daquela tomada depois que a casa ficou pronta, analise detalhadamente a rotina da sua família. No caso de uma sala de TV com um grande volume de equipamentos para o home theater, por exemplo, é preciso incluir uma maior quantidade de tomadas.

Além da necessidade específica, na sala de estartrês a quatro tomadas costumam atender. O dormitório segue uma contagem semelhante, mas o acerto pode ser garantido ao contabilizar as tomadas para o smartphone, computador – muitos fazem do cômodo o home office para os dias de hoje –, luminária e televisão.

cozinha torna-se um capítulo mais robusto, pois é composta por um volume maior de equipamentos. Cooktop, forno, micro-ondas, coifa, geladeira, cafeteira, batedeira… uma variedade de eletrodomésticos utilizados em diferentes momentos e com tomadas instaladas em uma altura média. “Como parâmetro, a ABNT orienta no mínimo uma tomada a cada 3,5 m de parede”, cita a profissional.

No banheiro, além do chuveiro elétrico, ao menos um ponto deve ser incluído para a utilização do barbeador ou do secador de cabelo.

3) Os famosos três pinos

Quem não sofreu com a mudança da tomada de três pinos levante a mão! Com a atual legislação, vigente desde 2011, o modelo causa controvérsias até hoje, já que exige adaptações para receber os equipamentos antigos existentes em casa.

Ao reformar ou construir um imóvel, todas as obras precisam seguir o padrão desenvolvido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com o intuito de conferir isolamento total e segurança para os moradores.

De acordo com as diretrizes, o terceiro pino passou a ser o diferencial, pois a ele ficou estipulada a função de fio terra, evitando fuga de corrente ou, em caso de acidentes, diminuindo os problemas resultantes do choque.

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“Caso o equipamento possua um padrão diferente, a tomada deve ser adaptada. Ou usar adaptadores seguros e certificados, contendo o mesmo número de pinos”adverte Isabella.

Outra questão importante no cálculo que estima o número de tomadas de uma residência está relacionada ao encaixe de 10 ou 20 amperes, que se difere pela espessura dos pinos. Geralmente, aparelhos como as famosas fritadeiras sem óleo, máquinas de café, torradeiras, ar condicionado e equipamentos de alta resistência apresentam pinos mais grossos e demandam tomadas de 20 amperes.

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